18 DEZ 2023

Comunidades da Resex Tapajós e Arapiuns recebem visitas técnicas e ações de fortalecimento da horticultura e plantas medicinais

"As atividades foram realizadas por integrantes do Projeto FarmaFittos, da Universidade Federal do Oeste do Pará-UFOPA.”


Produção textual:  Daniela Pantoja 

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A Arquidiocese de Santarém é parceira do projeto. Foto: Arquivo FarmaFittos


Participantes do Projeto Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal do Oeste do Pará-UFOPA, por meio da “FarmaFittos”, realizaram no último sábado (16) atividades técnicas nas Comunidades Surucuá e Parauá, localizadas na Reserva extrativista (Resex) Tapajós-Arapiuns, em Santarém, oeste do Pará.

O grupo integrado por acadêmicos dos cursos de Agronomia, Farmácia, Gestão Pública e Engenharia Florestal, sob a coordenação do Professor Wilson Sabino, do Instituto de Saúde Coletiva (Isco), centralizou suas as atividades entre reunião com estudantes e professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental São Benedito, coleta de sementes de cumaru (imagens drone), visita técnicas aos pomares de Maracujá, tanto na Comunidade de Surucuá e Parauá, quanto aos quintais produtivo das alunas bolsista do Projeto e que residem na comunidade Surucuá.

De acordo com Wilson Sabino, professor e coordenador do projeto, esse momento das ações do projeto, giram em torno de atividades na escola, o acompanhamento de alguns trabalhos na comunidade, como por exemplo, junto aos detentores do conhecimento tradicional sobre as plantas medicinais: “Nós temos uma equipe que utiliza drone para localizar as árvores de cumaru, e entender a forma de utilização medicinal pelos ribeirinhos desta espécie. Além desta, temos uma equipe de acompanhamento e cuidados dos pomares de maracujá, também, trabalho junto as alunas da escola do ensino médio da comunidade de Surucuá, onde estas em suas casas estão cultivando hortaliças e plantas medicinais certificadas que estamos fornecendo”, enfatizou Sabino.

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Prof. Sabino em reunião com estudantes  e com a coordenadora do Setor de Projetos da Arquidiocese, Francely Brandão. Foto: Arquivo FarmaFittos


Sobre o acompanhamento dos pomares, Marielle Vicente, acadêmica do curso de Farmácia e integrante do Projeto FarmaFittos, ressalta que os alunos desenvolveram atividade de análise das plantas e verificaram a necessidade de insumos:  “A gente está aqui para fazer essa análise e ver como as plantas estão se desenvolvendo e o que vai ser preciso nas próximas viagens. Fizemos essa análise de desenvolvimento dessas plantas, e na Comunidade de Surucuá, algumas fileiras estão precisando ser trocados, há necessidade de retirar essas plantas e colocar outras por motivo atual do clima. Em outras partes a gente percebe que as plantas estão bem desenvolvidas”, conclui.

Durante as visitas, foi possível observar que a seca do rio atingiu diretamente as produções, bem como as queimadas próximo a área do pomar localizado na comunidade de Surucuá.

A reunião na escola também foi oportuna para dialogar sobre uma ‘Roda de Saberes’ prevista para acontecer em meados de maio de 2024, com objetivo de apresentar o protagonismo das comunidades no trabalho e cultivo das plantas medicinais e promover os quintais produtivos.

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Plantação de maracujá para a produção de fitoterápicos. Foto: Arquivo FarmaFittos


Sobre o Projeto

O FarmaFittos tem como objetivo fomentar o cultivo da horticultura e o uso ainda mais qualificado das plantas medicinais em comunidades ribeirinhas do Tapajós, em destaque as comunidades de Parauá e Surucuá, ambas localizada na Resex Tapajós-Arapiuns.

Participam do projeto docentes e acadêmicos da Universidade Federal Oeste do Pará (Ufopa) com a representação do Instituto de Saúde Coletiva (Isco), Instituto de Biodiversidade e Floresta (Ibef) e o Instituto de Ciências da Sociedade (ICS), além de professores (as), alunos (as) do Ensino Médio e Comunidades ribeirinha Surucuá e Parauá e representantes de Associação de Agricultores (as) destes territórios.

Também conta com apoio da Arquidiocese de Santarém, Cáritas e Irmãs Franciscanas de Maristella, além do Ministério Público Estadual (MPE) da 13ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente do Estado do Pará e o Instituto Federal do Pará (IFPA).

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