13 MAR 2024

FarmaFittos recebe visita técnica de Pesquisadora do Departamento de Biotecnologia Vegetal da UNAERP

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Professora dra. Ana Maria no viveiro de plantas medicinais da UFOPA. Foto: FarmaFittos

O projeto FarmaFittos recebeu na última segunda-feira, 11, a visita técnica da professora dra. Ana Maria Pereira, pesquisadora do Departamento de Biotecnologia Vegetal da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) e coordenadora da Farmácia Viva denominada “Farmácia da Natureza”, em Jardinópolis (SP), que tem o objetivo de produzir fitoterápicos com distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS). Ela conheceu o horto de plantas medicinais no Centro de Formação Emaús e, em seguida, o viveiro de plantas medicinais da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), ambos na cidade de Santarém.

A pesquisadora avaliou positivamente a estrutura de cultivo em Emaús: “Ali temos uma boa área onde pode ser implantada a farmácia viva, do cultivo, da secagem do material, de treinamento, para que as pessoas possam entender e multiplicar a ideia da farmácia viva”.

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Pesquisadora Ana Maria em visita ao horto de Emaús ao lado do prof. Wilson Sabino. Foto: Ascom - Arquidiocese


Em sua visita à unidade Tapajós, na UFOPA, a professora Ana Maria salientou a ótima estrutura para implantação da Farmácia Viva. “Porque os vários setores onde pude visitar, o laboratório de cultura de tecido, o laboratório de sementes, o viveiro, são estruturas suficientes para que possamos dar início ao desenvolvimento dessa tecnologia maravilhosa que é a Farmácia Viva”.

Outro ponto que chamou atenção da pesquisadora, são os integrantes que fazem parte do projeto: “Eu percebi uma equipe de profissionais muito bem qualificados, com uma capacidade para implementar essas técnicas que são super importantes para que haja produção de fitoterápicos no Brasil”. A equipe é formada por professores dos cursos de Farmácia, Engenharia Florestal, Agronomia, Biotecnologia, Pedagogia e Gestão e Desenvolvimento Regional.

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Professora Ana Maria em visita ao laboratório . Foto: FarmaFittos


Reconhecimento e fortalecimento

A professora Ana Maria deu diversas sugestões a coordenação da FarmaFittos de ações e atividades que podem ser feitas em conjunto com as comunidades atendidas pelo projeto. A coordenadora da Cáritas da Arquidiocese de Santarém, Francely Brandão, ressaltou o valor das propostas apresentadas pela pesquisadora: “As sugestões apresentadas são de uma grandiosidade para nós, pois irão nos permitir aprimorar, ampliar e aperfeiçoar o projeto que é uma ação em prol do bem comum”. E acrescentou: “Estamos muito felizes e satisfeitos com a visita da professora Ana Maria, pois nos fortalece na caminhada deste projeto junto à arquidiocese”.

O coordenador do projeto FarmaFittos, professor Wilson Sabino, do Instituto de Saúde Coletiva (Isco) da Ufopa, enfatizou que a professora Ana Maria atua há muitos anos com plantas medicinais, e sua presença em Santarém reafirma a importância do reconhecimento e o fortalecimento do conhecimento tradicional das plantas nativas: “Com esse reconhecimento, podemos fazer documentação, começar a documentar muitas dessas plantas nativas, o que fortalece a manutenção da floresta em pé como patrimônio da comunidade e da nossa biodiversidade”.

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Francely Brandão, Prof. Wilson e Profa. Ana Maria durante a visita em Emaús. Foto: Ascom - Arquidiocese


Professor Wilson destacou também que a vinda da professora ao Centro de Formação Emaús e a UFOPA “fortalece uma proposta que já vem sendo discutida, possivelmente a nível nacional, de Centros de Referência. Então, nós começamos a trabalhar na direção de sermos não somente um centro de formação, mas também de referência no estado do Pará”.

A pesquisadora Ana Maria parabenizou a equipe do projeto e reconheceu o potencial desta iniciativa. “O que eu vi aqui é algo que o Ministério da Saúde precisa saber dessa potencialidade, para que vocês sejam realmente no futuro um centro de treinamento e de produção de plantas medicinais no Pará”, finalizou.

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Visita ao Centro de Formação Emaús. Foto: Ascom - Arquidiocese


FarmaFittos

O projeto FarmaFittos surgiu em 2021, a partir de um convênio entre a Arquidiocese de Santarém, através da Cáritas Arquidiocesana em parceria com a Congregação das Irmãs Franciscanas de Maristella, e a Universidade Federal do Oeste do Pará, com o objetivo de promover a produção e distribuição de medicamentos fitoterápicos para minimizar efeitos de ansiedade e depressão causados pela Covid-19.

Nesta ação, as comunidades de Surucuá e Parauá, localizadas na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, foram contempladas com o cultivo de uma espécie de maracujá para a produção dos fitoterápicos. Os primeiros frascos dos medicamentos foram produzidos e distribuídos em 2022, dando continuidade em 2023.

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Viveiro de plantas medicinais da UFOPA. Foto: FarmaFittos

Atualmente, o projeto segue no cultivo do maracujá nas duas comunidades, e ampliando em novo local, no caso o Centro de Formação Emaús, que pertence à Arquidiocese.

O FarmaFittos também conta com o apoio Ministério Público Estadual (MPE) da 13ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente do Estado do Pará e do Instituto Federal do Pará (IFPA).

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Horto do Centro de Formação Emaús: Foto: Ascom - Arquidiocese


Informações: FarmaFittos

Colaborou: Ascom - Arquidiocese de Santarém

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