Famílias da comunidade de Jatobá lutam para permanecer em suas terras

Celebração ecumênica na comunidade Jatobá. Foto: Divulgação - CPT Arquidiocesana. 

No último sábado, 24 de junho, ocorreu uma celebração ecumênica na comunidade de Jatobá, município de Mojuí dos Campos, como parte de uma série de atos em defesa da permanência das famílias na comunidade. Esse momento contou com a presença de mais de 60 pessoas e com a contribuição do pastor da Igreja Assembleia de Deus, Eduardo Leite, e do coordenador do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) do Regional Norte 2 da CNBB, padre Vanildo Pereira.

O caso está sendo acompanhado pela Comissão Pastoral da Terra da Arquidiocese de Santarém (CPT). De acordo com a Comissão, atualmente estas famílias estão ameaçadas de serem expulsas de suas casas e de terem suas plantações derrubadas por um fazendeiro de soja, que se diz proprietário da área. Essa decisão pode vir da justiça, pois o fazendeiro pediu ao judiciário para que as famílias sejam despejadas da comunidade.

Famílias da comunidade Jatibá lutam pela terra. Foto: Divulgação - CTP Arquidiocesana.

No próximo dia 11 de julho haverá uma audiência, na qual o juiz pode dar ou não uma decisão em favor do fazendeiro de forma liminar, ou seja, sem verificar profundamente o caso.

Segundo a CPT Arquidiocesana, são 48 famílias que vivem e sobrevivem do que plantam na comunidade. Toda plantação é de forma agroecológica e respeita a natureza. Jatobá está cercada por monocultivo de soja ou milho e é a única área preservada nas proximidades. Neste sentido, as famílias e parceiros têm lutado contra mais essa violência e pela permanência das mesmas nas terras, que há muito tempo tem sido usada pelas comunidades locais.